Segunda feira sonolenta, me arrependo da hora em que fui
dormir ontem.
Sempre fui mais do natural, nada de café ou pó de guaraná pra
encarar a rotina. Poucas coisas me dão mais ânimo do que acordar com os raios
de sol cortando a escuridão de meu quarto.
Já no trabalho, a perspectiva de mais uma semana na rotina de estágio,
faculdade, dilemas existenciais e um cotovelo ralado – só fisicamente, não
precisaria de mais uma dor de cotovelo para me distrair.
Procurando meu próprio desenvolvimento, com a Cone nos
ouvidos, enquanto navego pela internet na ociosidade inerente ao início de uma
jornada de trabalho, sou surpreendido por uma cena belíssima:
Um passarinho, talvez uma andorinha (nunca fui bom com raças
de pássaros), pousa no beiral da janela, a menos de um metro de mim. Das coisas
mais belas, as penas iluminadas pelo sol, seu canto puro... Mais uma surpresa:
outra andorinha pousa ainda mais próxima que a primeira. Tivesse eu de folga, e
com mais um passarinho no beiral, prepararia meu artesanato matinal e me imaginaria
em uma musica do rei, Bob Marley.
A melodia era tão pura, tão verdadeira
Acho que essa era a mensagem dele(s) pra nós.