O telefone toca.
E eu aqui, me matando para expremer meus pensamentos em frases com mais de três palavras.
E o telefone a tocar, levando minha mente para longe.
"Quem será, do outro lado da linha?"
E eu aqui, mãos no teclado, as pernas agitadas fazendo a cadeira ranger de modo irritante.
Como traduzir meus pensamentos em frases diferentes daquela tantas vezes dita, tão fútil em forma e complexidade, mas tão cheia de significados e olhares, beijos e abraços vulgares?
E o telefone tocando, a cabeça latejando e a frase derradeira em minha consciência:
"Só quem vive pode escrever"
E eu agora precisando viver.
Será que o inconveniente chamado não vai cessar nunca?
Ah! Malditas palavras, que nessas horas parecem fugir de mim como se eu fosse a cruz.
E nós dois, como água e vinagre, temos tanto em comum mas para sempre fadados ao desencontro e à repulsa.
15:15, e é por você que meu coração pulsa.
E o telefone insistente me tira do transe.
Tchau, fui viver.
19 de Março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
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3 comentários:
tudoparaalgo tão banal
não tenho medo da banalidade, seja um sofisticado banal
bejundinhas pra descontrair
já te disse que te amo hoje?
gente bem-humorada escreve bem! fato! o unico carrancudo que escrevia maisoumeninhos era mario quintana hehe(sim isso foi um super hiper elogio legal) BEIJOS ATÉ TOMORROW
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