Deitado no escuro parecia estar flutuando junto daquela mulher, acima do mar de luzes que era a cidade ao longe.
Conversa não se ouvia mais, haviam-se esgotado os assuntos há horas, mas nem tudo pode ser dito com a voz.
A noite fria e silenciosa - somada aos milhares de pontinhos brilhantes, cúmplices que confundiam-se com as estrelas no céu, causavam um efeito estranho, inspirava a reflexão, como a sensação que antecede uma epifania. Foi aí que olhou pra cima e descobriu o por quê.
Nunca antes ficara sem fôlego diante da beleza da lua.
Talvez a vida tenha um motivo, afinal. Devem ser as pequenas coisas que fazem você encontrar lá dentro umas verdades que nem lembrava mais que existiam.
O recado já estava refletido nos olhos dele, mas mesmo assim pegou um papel, escreveu e entregou.
"Veja bem, mulher, o que eu só agora descobri:
um pedaço de mim que ainda há pouco batia em vão."
terça-feira, 3 de agosto de 2010
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4 comentários:
Pontinhos luminosos que se confundem também com os olhos de quem lê o bilhete enquanto descobre que as bochechas doem pra sorrir.
O resto é redundância.
Matheus diz:
aquele blog é um blog gay
só pra registrar.
"Talvez a vida tenha um motivo, afinal."
Pra alguns, talvez.
HASUASHUASH, por isso que eu gosto tanto desse blog biba.
senti ciúmes, prontofalei.
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