domingo, 2 de maio de 2010

É Poesia

Lamento o erro que cometemos
mas infinitas outras vezes
erraria, sem remorso.
Queria te fazer uma prosa
pra traduzir quanto te gosto
nela te descreveria,
minhas emoções eu trairia
mas por mais que eu tente, não dá.
Somos poesia

Somos apenas dois tolos
reféns de nossa própria ingenuidade
nossa própria libido
nosso paraíso proibido

Inexplicável sintonia
que me traz só alegria
me espanto
o que tens que me desarma?

Me fazes crer que é bom
tudo o que sofro sem motivos.
as pernas bambas, teus suspiros ofegantes
e os malditos arrepios

É poesia, só pode
pois quem mais me entenderia?

Quem mais
Me faria dar razão à emoção?
ter certezas tão erradas
e erros tão exatos
que me arrebatam, me embriagam,
me aflijam (e, se errado, me corrijam),

Quem mais
me completa?

Sou pobre alma depenada
és minha roleta russa,
minha eterna encruzilhada:
Tanta futilidade,
tanto rancor,
formou-se em mim vasto deserto
todo árido e hostil
mas contigo ele floriu
meu oásis, minha chama
minha carência é que te chama
tua saudade é minha sina
volta logo para a cama

Com teus truques, com teu corpo
dê fim ao frio em minha barriga
que me acomete ao te ter só
na ansiedade do nosso fogo
na pressa de nossa mocidade
na beleza do que eu vejo
do que eu sinto
do que eu contigo vivo.

Só de lembrar já vou sorrindo
mas quanta tristeza a caminho
Pois em breve vais embora
nunca mais o teu carinho

Saudade antecipada que me entristece
traz a visão de meu porvir triste
Nunca mais o teu carinho
nunca mais tua paixão
Sofreria eu muito menos
se à razão ouvidos desse
Não é adeus, é até logo
há sempre a luz no fim do túnel
haverá sempre a salvação
quando enfim, novamente,
eu te terei em minhas mãos.

03 de Maio de 2010

3 comentários:

Carolina Pires. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carolina Pires. disse...

que venham muitos fevereiros e que eles sejam sempre os primeiros.

Carolina Klock C. Ferreira disse...

Por quê só você escreve assim?
Lindo.
Tô vendo que se inspirou bastante agora, não deixa passar não.