quinta-feira, 19 de março de 2009

Toca, Toca.

O telefone toca.

E eu aqui, me matando para expremer meus pensamentos em frases com mais de três palavras.
E o telefone a tocar, levando minha mente para longe.
"Quem será, do outro lado da linha?"

E eu aqui, mãos no teclado, as pernas agitadas fazendo a cadeira ranger de modo irritante.
Como traduzir meus pensamentos em frases diferentes daquela tantas vezes dita, tão fútil em forma e complexidade, mas tão cheia de significados e olhares, beijos e abraços vulgares?
E o telefone tocando, a cabeça latejando e a frase derradeira em minha consciência:
"Só quem vive pode escrever"
E eu agora precisando viver.

Será que o inconveniente chamado não vai cessar nunca?
Ah! Malditas palavras, que nessas horas parecem fugir de mim como se eu fosse a cruz.

E nós dois, como água e vinagre, temos tanto em comum mas para sempre fadados ao desencontro e à repulsa.
15:15, e é por você que meu coração pulsa.

E o telefone insistente me tira do transe.

Tchau, fui viver.

19 de Março de 2009

3 comentários:

Augusto Rosa Leite disse...

tudoparaalgo tão banal

não tenho medo da banalidade, seja um sofisticado banal

bejundinhas pra descontrair

Carolina Pires disse...

já te disse que te amo hoje?

beatriz jorge disse...

gente bem-humorada escreve bem! fato! o unico carrancudo que escrevia maisoumeninhos era mario quintana hehe(sim isso foi um super hiper elogio legal) BEIJOS ATÉ TOMORROW