quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Epifania de Elias

Estava mais feliz do que nunca.
Queria passar os braços em volta de cada centímetro dela, envolvê-la e protegê-la. Queria tê-la e doar-se. Queria ir devagar.

O ímpeto vinha e passava. Telefonar ou não? Para falar o que? Vasculho minha mente à procura de algo. Só sabia que tinha que lhe falar, mas ainda não havia descoberto o quê. No fundo já sabia o que queria dizer, mas não podia. Haviam combinado ir devagar. Afinal, não podia se abrir assim. Ela não dava sinais de que iria corresponder.

Paciência - Que falta faz nos amantes. Tudo são ímpetos. Arranhões, beijos e coisas mais. Tudo são flores: mãos dadas, carinhos e malícias.
Não, nem tudo são flores. Cada briguinha, cada clima ruim. Fim do mundo.
E lá ficava ele, com o peso na consciência. A mente maquinando mil possibilidades num frênesi auto-incriminador, botando cada vez mais peso sobre seus ombros.
Resolve telefonar. Em sua cabeça tanta culpa que seria capaz de explodir. Ela atende. Atropela mil desculpas de uma vez só. Desliga.
Fica a se odiar ainda mais. O peso que deveria ter sumido dos seus ombros só aumentou, quando pensou em todas as coisas que poderia - deveria - ter dito, e não disse. O semblante fechado, e a paisagem já não importa mais. Não, nem tudo são flores.
Lembrou do tempo em que a tinha constantemente, sem essas malditas inconveniências da vida moderna. Maldita distância. Malditos horários. Malditas responsabilidades.

Jogar tudo pro ar, fugir de tudo isso. Pra poder enfim se entregar. Afinal, se tivessem um ao outro como antes, qual o problema de se apressar as coisas? De se repetir nas mesmas conversas, rir das mesmas piadas, encontrar os mesmos desenhos nas nuvens?
Te encontrar nos mesmo lugares. Os mesmos olhares. As mesmas risadas e censuras.
As risadas de cada vez que ela me proíbe o paraíso.
E de convencê-la denovo e denovo.
Abre um sorriso e deixa o sol te esquentar. Pra jogar fora toda a culpa e lembrar daquela sexta-feira embriagada. Só nossa.

19:19

E a cada dia a soja lhe parecia mais importante, e Elias ria-se do tempo em que as plantinhas é que dominavam sua mente. Estava mais feliz do que nunca.

Quisera as sojas viessem ler, e despir-se da rotina assim como de uma roupa qualquer, visto que são apenas simples obstáculos para o paraíso.

3 comentários:

henrique disse...

amo-te, só isso.

beatriz jorge disse...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH
eu to sozinha em casa (que bom) porque eu realmente dei aqueles meus gritinhos histéricos que tu e o resto do mundo odeiam hehe
açlçvkakfh
bj

Augusto Rosa Leite disse...

ESYAESHIUASEHU
sera que só eu entendi?
hahaha

esse elias






mais ve se não esquece a familia em elias!