terça-feira, 30 de junho de 2009

Inflame

Sentado aqui, ao teu lado, mas ao mesmo tempo a anos-luz de distância. Malditas dúvidas.
Imagine como é acordar todos os dias, ver o sol nascer e morrer em um local assim. Eu não me importo mais, já cansei das decepções, da dor de nunca estar à altura das expectativas - as quais parecem aumentar à medida que meu esforço e meus êxitos aumentam.
Estaria tudo bem, se eu fosse(ou pensasse ser) o único a passar por isso. Mas não sou, e te ver assim me aflige muito, minha impotência para mudar isso, mais ainda. Como te fazer rebelar contra teus próprios valores?

"Passou a vida toda em tal torpor
Que nem no próprio velório ela chorou
Mesmo depois de tanto horror
Nem em seu fim, por pena, ele a aprovou."

Revolte-se, inflame e não tenha medo, ou então me ensine a te ajudar, a ser teu porto seguro nas horas tristes, e me diga que estou ali, na ponta do seu sorriso, nas horas boas, naquela música de final da tarde que te faz olhar pra trás com alegria e não ter medo da noite que se achega.
E novamente as dúvidas se achegam, como a sujeira atrás da porta. Será que eu tenho força pra isso? Será que terei uma chance de tentar? Melhor eu voltar pra poesia, onde tudo funciona e eu disfarço pieguice com hipocrisia.

"Há uma flor em meu jardim
de beleza e harmonia singulares
não é rosa nem jasmin
Já não carece classificares

Faz pouco tempo é só
mas não pára de cantar
canta uma cantiga qualquer
distraída ao vento
sussura um bem-me-quer"

2 comentários:

Carolina Pires disse...

carolina diz:
ai
teteu
que texto
hmm
caralho
lindo
hmmm
obrigada (?)
TETEU diz:
hm
ah pode ser
de nada
eauiheaiuhieahiuehaeahea

Augusto Rosa Leite disse...

mas que fluxo estranho de redes amorosas e dilemas bizarros o tempo não cura faz esquecer.